sexta-feira, 4 de março de 2011

Sapere Aude!

  Recentemente li uma matéria de revista onde falava sobre um pronunciamento do papa sobre o uso da camisinha ( assunto esse tão polêmico no campo católico), a matéria é antiga ( 29 de novembro de 2010) mas o assunto é bem recente. Bento XVI proferiu essas palavras: “Pode haver casos individuais em que é justificavel, como talvez quando um prostituto usa camisinha, em que isso pode ser um primeiro passo rumo à moralização, uma primeira aceitação de responsabilidade no caminho à recuperação da compreensão de que nem tudo é permitido”. Segundo fontes da Revista Veja, essa frase está contida n livro “Luz do Mundo”.
            O que mais me incomoda nessa fala, não é o fato de que o papa está mais preocupado com a moralização do indivíduo que usa camisinha, mas como ainda hoje a igreja domina a vida de muitas pessoas.
            Percebamos que para alguns fieis que querem a aprovação do papa sobre o uso da camisinha, isto soa como: “ eu quero fazer sexo mas não quero ter filhos agora, então se o papa deixar  tá liberado o uso da camisinha.” E então esses indivíduos permanecem com uma libido “castrada” e não muito raro acabam cometendo algum estupro ( no caso dos homens) quando não conseguem mais “segurar” essa libido repreendida há muito tempo.
            O caso da camisinha é somento um exemplo de como muitos católicos dependem da aprovação do papa para muitas coisas, e isso me deixa apavorado, pois, se o papa dizer “vamos matar os infieis” eu tenho medo das proporções do problema que isso pode chegar.
            Essa fé cega em um representante direto de Deus na Terra é um enorme problema para a individualização do ser humano que permance já há longas eras no domínio de algumas pessoas, instituições, estados, etc. Enquanto o ser humano continuar a absorver ideias e transmiti-las sem nenhuma reflexão, o mundo estará a mercê do domínio ideológico de algumas pessoas.
            Eu não sou contra a religião e o devotamento, e já fazendo uma analogia, eu sou contra àquele discurso que diz: “ política e religião não se descute.” Pelo contrário, é o que mais deveria ser feito ultimamente entre as pessoas. Esse discurso é utilizado simplesmente para dominação de massa, onde você simplesmente abaixa a cabeça e aceita. Discutindo religião e política as pessoas veriam que á muito mais semelhanças entre as crenças, diminuiriam as discórdias religiosas e políticas, as pessoas não passariam a depender de aprovações religiosas para fazer o que querem, mas iriam pelo bom senso. E as pessoas chegariam à essa conclusão sozinhas, pelo simples fato de pensar e refletir sem precisar da permissão de outra pessoa para isso.

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